The way we work, is it working?
Valorizamos a individualidade e a competição. Nem sempre admitimos como precisamos uns dos outros. No entanto, muito do que somos, do que pensamos e do que fazemos está ligado às relações que mantemos, aos grupos a que pertencemos – família, trabalho, associações – ou às comunidades onde estamos inseridos.
Depois de “(re)descobrirmos” atividades que nos mantiveram “a tona” durante os períodos de maior isolamento social que todos atravessamos (desporto, cozinhar, netflix, meditar…), apercebemo-nos ainda mais da importância de estarmos juntos – colegas de trabalho, familiares, amigos e até com aqueles com os quais consideramos que não temos “laços” assim tão fortes. A verdade é que mesmo para quem more com um parceiro/a, filhos, pais ou outros, estar fisicamente próximo não é suficiente para mitigar os malefícios do isolamento social vivido neste período pandémico. As consequências são graves - desde uma perspetiva de vida mais negativa, a apatia social - languishing, definido por Adam Grant1 como um estado emocional de vazio –, passando por estados depressivos, até à diminuição da confiança no trabalho, ao aumento do abuso de substâncias, entre outras.
Paralelamente a tudo isto, nunca como agora o trabalho colaborativo foi tão importante. Nesta medida, a qualidade das relações interpessoais é essencial para o seu sucesso. Conflitos, falta de interesse e atitudes de pouca cidadania organizacional têm um forte impacto em inúmeros indicadores, como por exemplo, motivação, acidentes de trabalho, produtividade, baixas médicas, entre outros. Para além disso, o mal-estar social de um colaborador pode facilmente afetar os demais, contagiando negativamente o “ambiente que se respira”. Para isso, os convívios, a comunicação e a criação de momentos de partilha através, por exemplo, de programas de team building ou workshops, assumem um papel fundamental.
Nessa medida, cumprindo todas as regras previstas pelas entidades competentes, está na hora destes reencontros. É o momento das equipas se juntarem novamente e viverem atividades em conjunto capazes de voltar a fortalecer estes laços. Temos várias soluções que, de forma intencional, planeada e estruturada criarão os momentos de reencontro tão desejados, criando memórias impactantes e perpetuando a positividade emocional.
No espaço do seu escritório é possível antecipar um regresso que celebre esta necessidade tão primária e ao mesmo tempo que nos permite “fazer o que ainda não foi feito” que é, afinal, simplesmente Estarmos Juntos.
(1) Fonte: https://www.nytimes.com/2021/0...
Vera Fernandes