Sim, nós sabemos que a frase “os recursos humanos são o capital mais importante de uma empresa” tem vindo a tornar-se num chavão. Mas não refletirá ela a realidade do mercado de trabalho? Já pensou o que seria da sua empresa sem aquele trabalhador que é um apaixonado pelo trabalho e que todos os dias se esforça por fazer mais e melhor, em prol da performance organizacional? E sem aquele que está na empresa há tantos anos que quase representa a sua essência e está sempre pronto para integrar os novos colaboradores que chegam? A isto chamamos trabalhadores motivados! De facto, a motivação é um aspeto crucial na dinâmica organizacional. Como refere Wright (2001), a grande finalidade da investigação em motivação no local de trabalho tem sido perceber como é que podemos energizar os colaboradores para que eles se tornem mais eficientes no desempenho das suas tarefas. Ora, isto diz-nos que, efetivamente, a motivação é uma das armas mais poderosas e úteis para aumentar a eficiência e, consequentemente, os resultados da empresa. E, se assim o é, esta não pode ser relegada para segundo plano na azáfama do quotidiano de trabalho.
No mundo organizacional, encontramos vários exemplos que nos mostram que a proficiência técnica, por si só, não é um preditor do sucesso. A Toyota é uma das maiores e mais bem-sucedidas empresas do ramo automóvel, estando à frente dos seus rivais há já vários anos, em termos de qualidade e produtividade. A verdade é que a sua abordagem é amplamente conhecida e tem sido descrita em vários artigos científicos; inclusivamente, a empresa providencia plant tours à concorrência! Posto isto, seria de esperar que a concorrência conseguisse, pelo menos, igualar a Toyota. Mas o que acontece é que a sua vantagem económica persiste. E porquê? Porque as técnicas e as práticas específicas podem ser – e são – copiadas. Mas a filosofia, a cultura e o ambiente organizacional que conduzem à motivação, à satisfação e à eficiência não são facilmente replicáveis.
Acima de tudo, é preciso investir em práticas de Recursos Humanos consistentes e alinhar a motivação extrínseca com a motivação intrínseca. Isto é, devemos remunerar as pessoas de forma justa, mas também reconhecer o seu trabalho, dar feedback orientado para a melhoria dos processos de trabalho, trabalhar a socialização e as redes sociais… Na realidade, não existe uma regra universal para motivar toda e qualquer pessoa, daí que a investigação nesta área apresente várias inconsistências empíricas. Mas a filosofia de gestão que nos leva até lá é certa: compreender a individualidade de cada um e investir nas pessoas!
Um programa de Team Building pode ser uma chave para motivar os seus colaboradores!
Uma das regras fundamentais da gestão do comportamento humano é a norma da reciprocidade. Se as pessoas sentem que a empresa fez um investimento nelas, então é mais provável que este investimento seja recíproco e que os colaboradores retribuam com mais empenho e motivação. Ou seja, se proporciona aos seus colaboradores um programa exclusivamente pensado para eles, pode esperar que eles se apresentem ao trabalho mais motivados e lhe retribuam com melhores resultados organizacionais!
Artigo escrito por:
Adriana Couto
Trainee na Team Building